As novas regras do seguro de automóveis, vigentes a partir de 1º de Setembro de 2021, tornam o processo de contratação de um seguro de veículo mais simples e transparente.
Estudos mostram que no mercado americano (um dos mercados de seguros mais desenvolvidos do mundo) o percentual de veículos assegurados ultrapassa 90% da frota. Já no Brasil, dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e da SUSEP mostram que apenas 16% dos proprietários de veículos brasileiros seguravam seus carros em 2019.
Um dos objetivos destas alterações é democratizar a contratação do seguro para as pessoas que anteriormente não tinham acesso a este produto.
Para a SUSEP, isso tende a acontecer com mais produtos disponíveis. Algumas das mudanças feitas são novas opções de apólices de seguro de automóveis. Por exemplo, você pode comprar uma apólice de seguro de um carro sem identificar o modelo específico. O plano aumenta, por exemplo, o acesso a motoristas de aplicativos e motoristas que usam carros pagos ou alugados.
Agora, segundo a SUSEP, será mais fácil para os consumidores encontrarem melhores ofertas em produtos que atendam melhor às suas necessidades.
Anteriormente, as regras exigiam que fossem adicionadas todas as coberturas disponíveis ao seu veículo. Isso muda com os novos modelos que permitem cobertura parcial. Alguns consumidores que poderiam não ser capazes de pagar a cobertura total, poderão agora contratar um seguro parcial, que não necessariamente cobre todos os riscos e pode custar menos.
Uma preocupação da SUSEP é que os clientes sejam avisados de forma explícita quando um produto não está completo.
Mas como isto funcionará na prática?
Isto é uma dúvida que o mercado responderá com o tempo. Na minha opinião estas alterações mostram que o mercado segurador brasileiro está ficando mais maduro. É como uma criança que nos primeiros anos precisava de supervisão dos pais para tudo e aos poucos, conforme cresce, vai adquirindo independência para tomar suas próprias decisões.
Na prática precisamos aguardar os novos produtos lançados pelas seguradoras e como os consumidores lidarão com as novas possibilidades.
Como sempre digo (e não custa dizer novamente), conte com um corretor de confiança, que conheça o assunto, para te ajudar a escolher a melhor opção.